Desculpe o transtorno…

…mas preciso falar para vocês que estou fora do ar há alguns dias (e vou ficar mais alguns) porque estou em campo acompanhando a floração das oliveiras, wheeeeee \o/

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E, claro, lá não tem sinal de internet.

Até mais!

BEDA #30 – Conheça o Insetorama

“Bom dia, o/a senhor/senhora tem um minuto para falar sobre a palavra dos Insetos?”

Huehuehe, jeitinho maravilhoso de começar o post hoje.

Na verdade eu quero apresentar para vocês um novo projeto meu. Não tão novo porque tive essa idéia há algum tempo, mas sabe aquela ideia que tu vais adiando para por em prática porque sempre tem algo com mais urgência na demanda da vida? filosofei geral agora

Pois é, apresento para vocês o Insetorama.

Mas vamos explicar algumas coisas antes, para que esse papo todo faça mais sentido. Eu fui daquelas crianças pentelhas que já sabiam o que queriam ser: cientista e estudar seres vivos. Especialmente os pequeninos, os invertebrados. Sempre gostei de aranhas, crustáceos, moluscos e essa turma nem sempre dotada de muito carisma. E meus xodós, os insetos.

Aí segui nessa empreitada. Virei bióloga, fiz mestrado em Zoologia, doutorado em Entomologia (aff, tá parecendo o Lattes isso aqui) e me tornei uma criança feliz que realizou o sonho de virar “cientista de insetos”.

Mas apesar do meu grande apreço por esses seres, tenho a impressão de que eles ficam à margem do dia-a-dia da maioria das pessoas. A gente acaba lembrando de insetos só na hora de sentar o chinelo na barata voadora ou nos mosquitos nos aloprando com dengue/chikungunya/zika.

Ok, e onde o Insetorama entra nisso tudo?

O Insetorama é um blog criado para falar sobre insetos (e outros amigos invertebrados) de uma forma divertida e leve. De mostrar que os insetos tem seu lado bacana também. O Insetorama tem como objetivo responder perguntas e desmistificar a vida desses bichinhos tão fascinantes quanto crocantes.

Quer conhecer mais sobre insetos? Visite o Insetorama. Tem alguma curiosidade em especial sobre insetos ou outros invertebrados? Mande sua pergunta para insetoramaquest@gmail.com

E seja bem vindo 😀

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BEDA #11 – Meteoro de Pég…não, pera

Olá pessoas, tudo bem?

Preparados para chuva de meteoros hoje à noite? Essa madrugada tem chuva de meteoros, wheeeee!!

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A chuva de meteoros Perseidas na verdade se trata de um rastro de meteoros associado ao cometa Swift-Tuttle. Basicamente a Terra atravessa a área por onde o cometa passou, se abrilhantando com seu rastro de caos e destruição. É um fenômeno anual, que ocorre entre julho e agosto. Aquela coisa, os troços partículas ejetadas pelo cometa entram na atmosfera, queimam e se desmancham e compõem um visual muito bacana, néam?

E se esse paranauê cometa está sempre em órbita por essas bandas, ele não vai acabar batendo aqui algum dia? Talvez, um dia…15 de setembro de 4479, segundo a Wikipédia (ufa, tá longe).

Tá, mas e porque Perseidas?

Porque a chuva de meteoros se origina da constelação de Perseu. hão hãn?

Perseu Jackson, aquele menino semideus que salvou a Andrômeda e cortou a cabeça da Medusa, lembram? Quando Perseu decapitou a Medusa, nasceu de seu sangue o cavalo alado Pégaso. Pégaso. hão hãn?

Agora aquele momento de epifania.

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Tudo bem, é o Tenma, mas vocês sabem do que eu estou falando. Agora vai ficar mais claro.

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Tu vê só que loucura.

Agora tudo faz sentido! Até amanhã! 😉

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Eventos bacanas em Ribeirão Preto

(…e que eu provavelmente não poderei ir 😦 )

Olá pessoas! Maio está voando e estou bem sumida por aqui, hehe.

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Como meu sincero pedido de desculpas por essa ausência (ohohohoho) venho deixar para vocês dicas bacaninhas de eventos legais que estão rolando esse mês em Hellbeirão (e com entrada grátis, olha só que bacana). Ainda por cima envolvendo duas das coisas que eu mais gosto na vida: cultura geek/nerd (insira o termo que você simpatiza mais) e ciência.

Então segue abaixo as dicas do que tem por esses dias.

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@GEEK

Eventos de cultura nerd/geek/pop ? Tá pouco, manda mais!

Nesse final de semana o Sesc Ribeirão oferecerá zilhões de oficinas com temática geek. Entre eles introdução ao mangá, como começar a jogar card games, torneios de card games, estande de arquearia, de jogos de tabuleiros, como criar ferramentas de Minecraft usando material reciclável (eu quero uma espada :P), oficinas de comics e muita muita coisa. Vai ter torneio de Nintendo DS, desfile cosplay, apresentação de K-pop e todas essas coisas que a gente adora tanto,heuheuheuhe.

Mas é bom dar uma zapeada na programação do evento que é coisa pra caramba, hein?

Onde: no Sesc Ribeirão Preto (rua Tibiriçá, 50, bairro Centro)

Quando: dias 21 e 22 de maio, das 10h às 18h

Página do evento: http://sescsp.org.br/programacao/92428_GEEK#/content=programacao

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Pint of Science

Ciência parece um tema muito afastado da sociedade né? Embora a gente esteja diariamente cercado por ela e seus resultados, ficamos insistindo naquele estereótipo de vidrarias, soluções coloridas e reações que explodem (tá, parei de filosofar, sou suspeita para tratar desse assunto).

Mas e se fosse para bater um papo bacana sobre ciências tomando uns gorós algumas saborosas cervejas artesanais?

Essa é a proposta do Pint of Science. Fazer um happy hour com os amigues cientistas para a popularização da ciência (e se divertir também, porque ninguém é de ferro). O Pint of Science começou na Inglaterra em 2013 e este ano ocorrerá em 12 países e 100 cidades :O

Em Ribeirão Preto, dá para escolher a cervejaria 😛 Serão 3 noites na Invicta, Lund e Cervejarium, abordando diferentes temas desde genética como modalidade olímpica até simulando o cérebro no computador. A programação completa está no site.

E se você não está em Hellbeirão, não fique triste. São Paulo, Campinas, São Carlos, Rio de Janeiro, Dourados e Belo Horizonte também estão participando! (bem que podia rolar no Sul ano que vem né?)

Onde: nas cervejarias Invicta, Lund e Cervejarium

Quando: dias 23, 24 e 25 de maio, das 19h30 às 21h

Página do evento: http://www.pintofscience.com.br

É isso aí, pessoal. Divirtam-se!

Doctor Who e o desaparecimento das abelhas

Buenas, pessoas! Essa semana foi corrida e a postagem costumeira de terça…bem…ficou para quarta mesmo. Sorry!

Mas voltando a programação normal, vamos ao assunto de hoje: eu adoro a quarta temporada da série nova de Doctor Who. Ela junta muitos elementos que eu gosto: o Décimo Doutor (saudades, David Tennant), minha companion preferida (Donna Noble) e… abelhas.

Sim, abelhas.

Não sei se vocês se lembram, mas abelhas são constantemente citadas durante essa temporada. Quando Donna e o Doctor se encontram no primeiro episódio da temporada, Partners in Crime, ela fala sobre vários fenômenos estranhos ocorrendo. Entre eles, o desaparecimento das abelhas. Esse mistério do desaparecimento das abelhas vai ser elucidado só no episódio Stolen Earth, mas é um tema recorrente na temporada inteira. Em Planet of the Ood são citados o aquecimento global e o desaparecimento de abelhas; em The Unicorn and the Wasp as abelhas são novamente mencionadas (e a Agatha Christie aparece, adoro!); em Turn Left, apesar do besouro ser a atração principal, dessa vez a mãe da Donna cita as abelhas. No final da temporada é que sabemos que as abelhas (que não era abelhas “terráqueas”, mas Migrant Bees) não estavam desaparecendo, mas retornando para sua casa (o planeta Melissa Majoria) devido ao grande distúrbio ocorrente na Terra causado (é claro) pelos Daleks.

Bom, mas e aí, por que esse furor todo ao redor do desaparecimento das abelhas?

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Sobre sumiço, congresso e medo de falar em público

Buenas gente,

nesses últimos dias eu não assisti os fillers novos do Naruto, nem o episódio novo do Doctor Who, nem deu tempo de ler nada, nem de escrever nada por aqui.

O motivo foi participação em congresso. Bom, quem já participou de congresso sabe a correria que é e como te absorve. São alguns dias consumidos integralmente em preparar e mandar imprimir pôster, receber os amigos em casa (isso quando não tem que viajar para o local do evento, não é mesmo?), assistir as palestras, apresentar trabalho na sessão de pôster, conversar sobre o trabalho com outras pessoas, reencontrar os amigos, conhecer novos e aproveitar ao máximo tudo que foi aprendido nesses poucos dias. Participar de um congresso é sempre uma experiência muito bacana e proveitosa. Recomendo a todos que participem desse tipo de evento em suas áreas de interesse.

Agora soma isso a estar na organização. Correria intensa, hehe. Mas a turma trabalhando na organização foi muito show de bola e eficiente (no fim ajudei muito pouco). Agora soma isso a fazer uma apresentação oral em simpósio.

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Agora sim o bicho pegou. Falar em público está no top 5 de medos cabulosos na minha vida (junto com torniquetes, ventiladores de teto, elevadores e aranhas). Falar dos resultados da tese para um monte de gente então… (não basta defender, tem que falar de novo). E ao lado de vários pesquisadores experientes e que tu admira (sem falar naqueles que estão assistindo). Aí bate o pânico. Medo de falar besteira. Começa a achar que o trabalho está todo errado. Vontade de se enfiar num buraco.

Aí tu vai e apresenta. E o resultado foi bem mais positivo do que eu esperava. Enfim, sobrevivi. A programação voltou ao normal e vou aparecer escrevinhando por aqui novamente 😉

Fundação

FundaçãoAcredito que todo mundo já tenha ouvido falar pelo menos uma vez na vida em Isaac Asimov. E provavelmente esse comentário pode ter sido associado ao título de “pai da ficcção científica”. Pois bem, sou uma grande apreciadora do gênero e achei que já estava mais do que na hora de tomar vergonha nesta cara leitora e conhecer uma de suas obras.

Fundação na verdade é o primeiro volume de uma série conhecida como “Série da Fundação” (o rly?), que possui um total de sete livros. Originalmente publicado com uma trilogia, mas com algumas publicações subsequentes referentes ao período anterior (onde será que já vimos isso antes?).

[na verdade vimos depois, pois as obras de Asimov serviram de inspiração para muitas outras histórias]

Enfim, “Fundação” nos depara com um futuro muito distante (A long time ago in a galaxy….tá parei) onde todos os planetas habitados por humanos estão unificados em um Império Galáctico. A história trata inicialmente da tentativa de Hari Seldon, através da psicobiologia, diminuir o tempo de recuperação do Império Galáctico (após sua iminente queda), com a criação da Fundação responsável pela redação da Enciclopédia Galáctica (a qual intitula a série).

Parece uma explicação simplista e ao mesmo tempo nebulosa, com toneladas de informações novas.

A começar pela tal Psico-história. Segundo a descrição do livro, a psico-história é uma ciência pela qual é possível fazer predições da história de uma civilização, por exemplo, através do cálculo de probabilidade da ocorrência de certos eventos (que poderiam modificar ou não o rumo da história). Envolve questões sociológicas e matemáticas, e me atreveria a dizer que se assemelha muito à Economia. Segundo definição do próprio livro, a psico-história é “…o ramo da matemática que trata das reações dos conglomerados humanos a estímulos sociais e econômicos fixos”.

Desde a revelação de Hari Seldon a história toma um ritmo de saltos temporais. Testemunhamos o que acontece à Fundação e ao Império por gerações. Conhecemos diversos personagens (como Salvor Hardin e Hobber Mallow ) e apesar da importância de seus feitos sabemos que nenhum deles é de fato o protagonista dessa história, e sim a própria história, uma vez que os tais  conglomerados humanos “devem ser suficientemente grandes para um tratamento estatístico válido e alheio à análise psico-histórica para que suas reações sejam verdadeiramente aleatórias”. Somos apresentados à efemeridade do indivíduo e em contrapartida da importância e eternidade dos eventos históricos.

Fundação é  um livro difícil de largar e termina com aquela sensação de “meu-deus-eu-preciso-ler-mais-cadê-0-Fundação-e Império?”.

Fica a minha sugestão de uma excelente leitura para os fãs de ficção científica e de história.

Até mais!

 

 

Cadê todo mundo???

Olá pessoas!

Faz muito, muito, MUITO tempo que não escrevo aqui.

Vamos às desculpas esfarrapadas:

Primeiramente, terminei minhas disciplinas do mestrado e talz, então estou me concentrando (digo, tentando, ahahaha) nas questões relacionadas à “marvada” da dissertação. Como tenho lido mais sobre cigarrinhas e métodos filogenéticos do que qualquer coisa, acredito que vocês não estejam interessados nisso.

Não é o animal mais bonito que tu já viu? (Ok, não é neotropical, paciência...)
Não é o animal mais bonito que tu já viu? (Ok, não é neotropical, paciência…)

Como vocês também devem ter percebido, há algumas boas semanas a Mahanarva Girl não tem postado nada por aqui. Mas aonde ela anda?

Cadê?? Aonde??

Calma. Ela não foi abduzida por alienígenas nem está conspirando com Pink e Cérebro planos de dominação mundial (eu espero). Para quem não sabe, a Mahanarva Girl é uma intrépida doutoranda em entomologia (estudo dos insetos) que entre alguns intervalos do desenvolvimento de sua tese viaja por esse Brasil baguncil para coletar insetos (também conhecidos, segundo o Ju Galak’s Handbook of Entomology, como “bissos”).

Eis que dessa vez a dona Mahanarva está onde 9,5 entre 10 biólogos gostariam de visitar pelo menos um dia em suas vidas:

AMAZÔNIA.

WHOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOW
WHOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOW

Sim, Mahanarva Girl foi até Manaus para de lá para o interior do estado do Amazonas para procurar os insetos mais interessantes e peculiares de lá.

Tá, mas o que tem lá?

A floresta amazônica. Precisa mais?

Tá, e eu com isso?

Vocês eu não sei, mas realizar esse tipo de viagem acarreta em uma série de experiências paralelas bem interessantes. Até agora a dona Mahanarva relatou-me que segurou uma preguiça no colo, fez carinho em filhotes de peixe-boi e nadou como botos. Eu acho isso deveras legal.

Outra coisa legal é que estar em lugares diferentes assim implica em conhecer pessoas diferentes, das mais variadas origens.

E também há um lugar muito bacanudo por lá, chamado Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, a.k.a. INPA. Então, no INPA fazem diversas pesquisas relacionadas à biodiversidade amazônica, inclusive na área de entomologia, o nosso amado estudo dos insetos. Quer saber mais? Vai aí ó http://www.inpa.gov.br/.

E a Mahanarva foi lá conhecer e ver qualé que é. E foi até o museu da instituição para procurar cigarrinhas. E achou. E achou as cigarrinhas da minha dissertação também e eu fiquei muito feliz com isso (hauhauhauhauhauha).

Ó o INPA aí.
Ó o INPA aí.

Tá, e a Mahanarva Girl vai trazer bichos bacanas de lá?

Não sei, povo amigo. A última vez que falei com a nossa amiga (há uns 15 dias) ela relatou que estava uma b*&%@ para coletar pois as árvores são de porte muito grande, e os insetos bonitões ficam distantes do solo e da nossa diminuta existência. Então, a menos que tu sejas amigo de um Ent, as coisas podem complicar para o teu lado.

Bom, eu sei que essas informações não são tããããããããoooo nerds assim (quer dizer, são obviamente “nerd biológicas”) mas gostaria de dividir com vocês o que a gente faz quando não está lendo HQ nem jogando videogame. E como a Mahanarva Girl vai ficar até final de setembro no mato, vocês vão ter me agüentar mais um pouquinho sem textos dela. Mas prometo que, como tenho lido coisas legais, logo sai post novo.

Abraço a todos!

Ju Galak