Viagens longas com gatinhos

Olá pessoas, tudo bem?

Faz mais de um mês que não apareço por aqui. Um mês bem agitado de mudança de estado,  adaptação à nova e casa e, felizmente, a vó teve alta do hospital.

Nessa mudança de Ribeirão Preto para Porto Alegre, me deparei com um impasse: Como trazer os gatos para cá? A primeira alternativa que pensamos foi o transporte aéreo. Mas no nosso caso seria muito dispendioso. Implicaria nas passagens de dois adultos, mais o custo extra dos gatos (que varia em cada empresa aérea, mas é em torno de 200 reais por animal) e mandar o carro para Poa num cegonheiro. Ufa!

Somado a isso, por mais que tu tenhas comprado a passagem e comunicado o transporte de um pet, normalmente as empresas permitem 3 a 4 animais por vôo (um por passageiro), tem que confirmar, etc (para maiores detalhes de bichinhos em vôos é interessante das uma olhada nesse link).

Bom, dessa vez para nós o vôo não seria a melhor opção. Então vamos de carro!

Mas assim… são só 1425 km, não é mesmo?

Como já estava na época de vacinar os bichanos, aproveitamos para tirar as dúvidas a respeito de uma viagem longa como essa com a veterinária. Lá vão as dicas:

  • os gatos podem desidratar com muita facilidade, então deve-se oferecer água e alimento pelo menos a cada 4 horas;
  • para auxiliar a ingestão de água, é melhor usar os alimentos úmidos em sachê da preferência deles (que eu chamo carinhosamente de “comida molhada”);
  • nessas paradas, a cada 4 horas, pode-se tentar soltar os gatos dentro do carro com as portas e vidros fechados e encher uma caixinha com areia para eles;
  • quanto à calmantes e sedativos, é melhor consultar um veterinário quanto às necessidades do seu pet: qual o peso, se é muito agitado, se enjoa… Nós preferimos não dar nada para o Espeto e a Farofa e ver qual era a reação deles. Como eles passaram a viagem tranquilos, não houve necessidade de nenhum medicamento;
  • prender as caixas de transporte com cinto de segurança e deixar as laterais e a frente livres para que eles possam enxergar o que está em volta (inclusive a gente – o que é uma missão em um carro abarrotado com coisas da mudança);
  • vale a lembrança para qualquer tipo de viagem: vacinas em dia ;).

Então começamos nossos preparativos. Compramos ração úmida para a viagem, providenciamos caixa de areia e areia à mão no carro, compramos guias para por nos gatos e os acostumamos a andar com elas (embora eles não tenham gostado muito).

Na teoria é lindo, mas na prática a história é outra, né?

Acordamos cedinho e esperamos os gatos comerem um pouco e usarem a caixinha de areia. Aí os colocamos relutantes nas caixas de transporte e acomodamos no carro. A Farofa ficou encolhida num canto e não queria saber de nada. O Espeto miou um pouco como se perguntasse “O que está acontecendo?”. Apesar de passarem tranquilos, não dormiram a viagem toda.

Mas e quem disse que quiseram comer, beber ou usar a caixa de areia nas paradas? Tsc, tsc. Nenhum dos gatos quis comer nem beber a viagem inteira. Simplesmente não queriam sair da caixa. Como 1425km é muito longe, dividimos a viagem em dois dias. No primeiro paramos na metade do trajeto em Joinville, num hotel que aceita animais (o Ibis Styles, recomendo 😉 ). Foi a melhor coisa que fizemos. Ao chegar  no hotel os gatos comeram, beberam, usaram a caixinha de areia e se divertiram explorando o quarto. Mas foram 13 horas de viagem que nós ficamos muito preocupados com o estado deles. No outro dia, demos mais ração úmida e os colocamos nas caixinhas de transporte. A viagem correu bem como no primeiro dia. Mas se alimentar, só quando chegamos na nova casa.

gatos

Sei que o texto ficou extenso, mas é que quando a gente se depara com uma situação dessas sempre surgem muitas dúvidas e espero que minha experiência ajude. Abraços!

TAG: Vida de Gateira

TAG-VIDA-DE-GATEIRA

Olás!

Gente, nunca respondi uma tag na vida (é que eu ainda não manjo dos paranauês, huahauhaha), mas quando vi a TAG: Vida de Gateira do blog da Rê, o Mulher Vitrola, vi que era uma excelente oportunidade para começar 😉

Tanto a Ale (Ale Galak), como a Andressa (Mahanarva Girl) e eu gostamos muito de gatos. Atualmente, só a Ale não tem (embora todos os gatos que tive contato na infância, na verdade eram dela). E a Andressa? Bom, a Andressa tem gatos, cachorros, papagaios, periquitos…

Mas vamos às respostas:

1) Quantos gatinhos você tem?

Tenho dois gatinhos  (mas confesso que queria ter mais).

2) Qual nome dele (a)? Quais apelidos?

Espeto e Farofa. Hahahaha, os nomes já são quase apelidos. O Espeto ganhou esse nome porque era muito magrelo. A Farofa ganhou esse nome por causa da pelagem (sério, foi a primeira coisa que veio na cabeça quando peguei ela no colo). Mas a gente costuma chamar o Espeto de Espetossauro e ˜Espetão, o mestre dos disfarces˜. Já a Farofa é a nossa querida Linguiçuda (devido à razões geodésicas).

Só os fortes espectadores de
Só os fortes espectadores de “O irmão do Jorel” entenderão.

3) Qual a idade do seu gatinho?

O Espeto está com 1 ano e 8 meses. A Farofa é bem pouquinho mais nova, 1 ano e 5 meses.

4) Como ele (a) chegou até você?

O Espeto literalmente veio até mim. Eu estava na USP indo para o laboratório e ele veio correndo na minha direção.

Assim. Exatamente assim.
Assim. Exatamente assim.

Aí ele pulou no meu colo e fiz bastante carinho. Só que eu precisava ir para o laboratório. Ele ficou me esperando na porta o tempo todo. Aí fui atrás do marido no outro laboratório falar sobre o gato (e ele me seguindo). Entrei no outro laboratório e o Espeto ficou esperando na porta de novo. Estávamos num dilema: queríamos muito um gatinho, mas nosso prédio não permitia ter animais. Começamos a alimentá-lo todos os dias na universidade, e ele sempre procurando a gente.

Moral da história: em uma semana nos mudamos para poder ficar com o Espeto.

Já a Farofa nós adotamos em uma feirinha de adoção, um mês depois. O Espeto estava muito sozinho durante o dia. Aí resolvemos que ter um irmãozinho seria legal. Fomos na feirinha de adoção e encontramos a Farofa, que recém tinha 1 mês e foi encontrada abandonada na rua. Foi amor ao primeiro colo. Ela aninhou a cabeça no meu ombro, começou a ronronar e pegou no sono.

5) Vocês tem fotos dele(a) bebê/antigas?

Sim, muitas. Zilhões. Na verdade a conta do Instagram é deles. Só tem meu nome porque um humano precisava fazer.

bebesgatos

6) Como é a personalidade do seu gatinho(a)?

O Espeto é daqueles grudeeeeeeeentos, sabe? Mãe, você me ama? Pai, você me ama? Mãe, teu colo é meu, teu computador é meu, teu travesseiro é meu e todos os teus elásticos de cabelo são meus também. É daqueles que pula no colo espontaneamente e AMA receber coçadinhas. Esse amor todo se estende à Farofa também, a qual ele lambe com frequência (mesmo que ela não queira). Às vezes ele é meio sem noção com ela. O Espeto é extremamente ativo e gosta de correr, pular e escalar coisas como um alucinado dentro de casa. Felizmente a coordenação dele é boa (não puxou à minha) e ele não quebra nada. Te chama para brincar junto, com patadinhas na perna. Lugar preferido para dormir: no meu travesseiro, em volta da minha cabeça.

Já a Farofa é metida a durona, independente. Fica furiosa quando o Espeto invade o espaço dela. Vai embora sem olhar pra trás e deixa o Espeto com cara de “gato que caiu da mudança”miando baixinho, chamando por ela. A Farofa NUNCA aceita colo: o tempo recorde no colo é meu, 7 segundos, o que faz com que eu a chame de “Boi Bandido”. Ela no máximo vai sentar no sofá e se encostar em ti, quando ela quiser. No entanto, quando ela quer… tu tem que parar a vida para dar coçadinhas na barriga, acompanhar até o pote de ração… Se não for atendida, ela mia com estridência na sua cara (e na minha, na do marido, na do Espeto). E enquanto o Espeto corre faceiro pela casa, ela permanece deitada com as patas cruzadas e olhar de desdém. Lugar preferido para dormir: em cima de mim ou do marido (ou dos dois) nos imobilizando, nos deixando sem cobertas e com formigamentos. Nome do golpe: Farofa no Jutsu

7) Ele (a) gosta de brinquedinhos? Se sim, quais?

Eles gostam muito de brinquedinhos, e tem vários. Mas os preferidos são uns ratinhos de pelúcia, pequenininhos, que eles enlouquecem correndo pela casa. Outros brinquedos que gostam muito são a barraca, e a bacia (sim, meus gatos gostam de brincar e dormir dentro de uma bacia).

brinquedos

8) Qual tipo de carinho que ele (a) mais gosta?

O Espeto gosta de coçadinha na cabeça. Se coçar a barriga ele te mordisca. A Farofa gosta de coçadinha na barriga. Se coçar a cabeça ela levanta e vai embora. Nenhum dos dois gosta que toquem nas patas traseiras.

9) O que ele mais gosta de comer? Qual marca de ração/molhinho você costuma dar?

O Espeto é mais seletivo, a Farofa é uma draga. Atualmente a gente dá a Royal Canin Fit para eles, mas vamos testar a Cat Premium (também da Royal Canin) essa semana. Gostamos de dar sachês para eles nos finais de semana. Eles gostam da Feline Instictive (Royal Canin) e a Trésor de frango.

racoes

10) Como é a caixinha de areia do seu gatinho (a)? Você usa areia, sílica, receita alternativa?

Usamos duas caixinhas higiênicas padrão, com areia higiênica para gatos do Carrefour (a sem perfume). Ela é uma areia bem grossa e os gatos se adaptaram bem à ela, além de render bastante.

11) Que recado você daria para as pessoas que não tem gatinhos, ou tem preconceito com gatos?

A maioria das pessoas que eu conheço e dizem que não gostam de gatos, argumentam que eles são “traiçoeiros”, “são da casa e não do dono”, entre outras coisas que acabam se popularizando. Aí chegam aqui em casa e dizem: “Nossa! Seu gato é sociável e amoroso, PARECE UM CACHORRO”.

Não gente, ele simplesmente parece um bicho que é amado. Os gatinhos são sociáveis e amorosos por natureza desde que tu também dê amor para eles. Dêem essa oportunidade para os gatinhos 😀

E aí, gostaram? Respondam a TAG: Vida de Gateira vocês também 😉