Olá pessoas! tudo bem?
Vocês já ouviram falar naquela história de que normalmente acidentes de laboratório (ou de trabalho) não acontecem com os iniciantes, mas com as pessoas que já estão naquela rotina de atividades há muito tempo?
Pois é.
Novato troca as luvas toda hora, desinfeta a bancada, não vira a pipeta na horizontal, trabalha com os cotovelos grudados no corpo, não respira em cima dos tubos. Aliás, não respira.
Com o passar do tempo tu vais ficando mais relaxado, tranquilo…e aí as chances de fazer m**** aumentam. Não estou dizendo que vão lamber a bancada com brometo de etídio (até porque ninguém quer tentáculos nascendo na ponta da língua), mas o excesso de confiança está associado a pequenos acidentes desde tempos idos (ohohohoh).
Certo, e o que isso tem a ver com o cabelo?
Bem, eu estava sem futucar na cor do cabelo desde janeiro (ou seja, uma eternidade). Eu tinha passado castanho e segui a vida. Em outubro o bichinho estava como abaixo (bicolor).
(destaque para a cortina de bolinhas)
A parte que já havia sido descolorida antes estava bem desbotada, aí pensei: “por que não remover o que sobrou da tinta, descolorir e passar tonalizante colorido de novo?”. Beleza, resolvi passar o Limpeza Cosmética, da Alta Moda (aquele que passei no cabelo da minha irmã nesse post aqui). Lembrando que ele não é só um removedor de tinta, ele possui pó clareador, emulsão reveladora e shampoo antiresíduo. Então ele funciona mais como um soap cap e sim, pode dar uma boa descolorida no cabelo virgem como vocês podem ver na foto abaixo.
De um modo geral, clareou bastante, mas ficou muito alaranjado para o que eu queria. Aí é que entra a historinha que citei no início.
Pinto o cabelo desde os 14. Faço descoloração há uns 4 anos pelo menos. Mas sabemos que tem que ter todo um cuidado entre descolorações, hidratar, reconstruir, ter um bom intervalo entre as descolorações, mais cuidado com cabelo que já é tingido/descolorido, e assim por diante. Só que depois de tanto tempo fazendo isso sem ter problemas, acabei ficando descuidada.
Um dia depois “ah, o cabelo esta legal, vou descolorir”. Para isso usei o pó descolorante azul da Oikos e água oxigenada de 30 volumes, da Beauty Color. Até aí tudo bem, passei a mistura em todo o cabelo e fiquei acompanhando a descoloração. Em 20 minutos, a raiz virgem (que estava amarelo ovo) ficou quase branca, assim como as pontinhas. Mas a parte rosada ainda estava escura, então pensei “vou esperar completar 30 minutos” ignorando completamente o fato de que meu cabelo estava MUITO quente. Depois de lavar a parte da raiz ficou num tom louro claríssimo lindo e a parte tingida ficou rosa chiclete.
Só que não foi só a cor, mas as características físicas do chiclete também. Eu estava penteando o cabelo e ele não parava de esticar e parecia que estava derretendo na minha mão. Com vocês: meu primeiro cabelo elástico e corte químico (sim, porque o querido começou a desmanchar na minha mão). Minha reação foi algo entre as situações abaixo.
Mentira, nem foi tão dramático assim 😛
Mas fiquei tão aloprada que esqueci de tirar foto, heuaheuahuehae. Passado o choque, pensei na única solução prática que me veio à mente: vitamina T esoura. Como não sou muito apegada, passei a tesoura mesmo e salvei o que sobrou do cabelinho, que está como vocês podem ver abaixo. Depois disso passei o tonalizante Ice Green, da Alta Moda Creative Crazy Colors, e fiz algumas hidratações e reconstruções.
Aí vocês vão me dizer “foi o descolorante?”. Nah. Usamos esse descolorante para descolorir a raiz do cabelo da minha irmã e o resultado é ótimo (assim como ficou muito bom na parte do meu cabelo que estava virgem). Mas soma aí: cabelo que já havia passado por descoloração/tinta convencional + soap cap + descoloração sem intervalo para tratar o cabelo e com descolorante que abre muitos tons? Tcharã! Crianças, não fritem seus cabelos em casa. #ficaadica
No fim, com paciência e cuidados a gente recupera o cabelo. 😛
Até a próxima!
Crédito da foto do chiclete: pumpkinmook via Visual hunt / CC BY