Os livros de 2016 e a Meta de Leitura de 2017

Olá pessoas, tudo bem?

Lembram da minha meta de leitura de 2016? Eu tinha como objetivo cumprir um desafio de leitura, do calendário de 2016 do Vitor Martins. Ela até começou bem, meio aos trancos e barrancos, mas estava progredindo até julho. Aí eu me mudei e a vida virou de cabeça para baixo, hehe. Acabou que tiveram muitos livros que não consegui chegar nem perto.

Coisas que aconteceram durante a meta de leitura esse ano.

  • Atrasos, muitos atrasos;
  • Começar a ler um livro e parar no meio porque não estava na pilha;
  • Comprar mais livros;
  • Estar em determinado tema do desafio e não ter o livro por perto (mudança);
  • Pegar livros emprestados.

Pois é, essa confusão pode ser mais ou menos resumida na foto abaixo.

Os lidos (verde), não lidos (vermelho) e os não terminados (amarelo).

Entre os livros que li este ano e estavam previstos, estão Eragon, O Ladrão de Raios, Persuasão, Os Filhos de Húrin e O Oceano no Fim do Caminho (sobre os dois últimos ainda não escrevi por aqui). Além desses, li também Razão e Sentimento, Dragões de Éter: Corações de Neve e Como Treinar Seu Dragão.

A verdade é que esse ano li bem menos do que gostaria. E acho que as metas de certa forma me prejudicaram. Às vezes, apesar do livro ser ótimo eu simplesmente não conseguia fazer a leitura prosseguir. Acontece. Esse ano eu estava bem mais pela fantasia e pelo romance (olá Jane Austen) do que por outros temas. Outra coisa foram as continuações: estava com vontade de ler coisas novas, então as continuações foram deixadas de lado.

Sabe as flechas amarelas da foto acima? São os livros que comecei a ler e parei na metade.  Foram muito livros abandonados e nem todos estão aí.

Para 2017 resolvi estabelecer uma meta mais plástica: terminar todas minhas leituras que estão pela metade. Livros maravilhosos, como “Entrevista com o Vampiro”, “O Messias de Duna” e “Uma Princesa de Marte”, que deixei de lado por motivos aleatórios a vida, o Universo e tudo o mais que te tira o foco, mas que merecem atenção.

A pilha desse ano ficou como abaixo. E se eu conseguir cumpri-la, vou adicionando mais leituras conforme der vontade. 😉

livros2017

Os dragões ao fundo e o tabuleiro de War são motivacionais.

Tomei a liberdade, é claro, de adicionar os livros emprestados (como “O Orfanato da Srta. Peregrine para crianças peculiares” e o “Círculos de Chuva”) e alguns pockets, porque já passou minha fase de carregar livrão no ônibus/trem sou dessas.

E vocês, conseguiram ler muito esse ano? Ou não foi dessa vez? Até a próxima!

BEDA #24 – Meta de leitura: Persuasão

Olá pessoas, tudo bem?

Ainda tem um pilha de livros para comentar por aqui. O de hoje, corresponde ao desafio do mês de Junho: leia um romance.

Inicialmente eu tinha escolhido “Os Filhos de Húrin”para ler. Ao concluir a leitura, percebi que minha escolha não poderia ter sido mais desastrosa, já que a obra trata-se de uma tragédia, aheuaheuhae.

Então, voltei-me para a amada pilha de livros da Jane Austen, e escolhi o Persuasão. Segue abaixo a sinopse marota do Skoob.

IMG_20160622_122602“Anne Elliot, a heroína de Persuasão, é uma nem tão jovem solteira que, seguindo os conselhos de uma amiga, dispensara, sete anos atrás, o belo e valoroso (porém sem título nobiliárquico e sem terras) Frederick Wentworth. No entanto, o futuro sentimental e financeiro de Anne não é muito promissor, e quando o destino a coloca frente a frente com Frederick, agora um distinto capitão da Marinha britânica, reflexões, conjunturas e arrependimentos são inevitáveis.
Concluído um ano antes da morte de Jane Austen e publicado postumamente, seu último romance, que contém fortes elementos autobiográficos, aborda o risco de se dar conselhos – e de se segui-los. Com toda graça, humor, leveza, ironia e ousadia de estilo de suas obras mais conhecidas, Persuasão, originalmente publicado em 1818 num mesmo volume com A abadia de Northanger, é uma bela despedida daquela que pintou a vida e as agruras femininas em uma sociedade patriarcal como nunca antes e nunca depois.”

Tem como amar cada vez mais essa mulher? Tem como? Se eu adorei “Razão e Sentimento”, posso dizer com toda a segurança que consegui amar ainda mais “Persuasão” (eu sei, eu sei, são opiniões completamente parciais sobre uma entusiasta da obra de Miss Austen).

Dessa vez Anne Elliot, a protagonista de “Persuasão”, apesar de ter duas irmãs não possui o apoio e companheirismo dos quais Elinor, em “Razão e Sentimento”, e Elizabeth, em “Orgulho e Preconceito”, tanto usufruíram.

Anne é a filha do meio. E desacreditada, sob muitos aspectos. Elizabeth, a filha mais velha só pensa em si e em aparências, grande apreciadora de bajulações. Mary a filha mais nova, casa-se antes de todas as irmãs, com um pretendente rejeitado anteriormente por Anne e, só sabe reclamar o livro inteiro. Se em “Orgulho e Preconceito” temos a incansável e igualmente irritante Sra. Bennet, em “Persuasão”temos o pai de Anne, Sir Walter Elliot, que em muito a supera em superficialidade e potencial para irritar o leitor.

Por fim temos Lady Russell, pivô do conflito inicial da história. Lady Russell persuadiu (RÁ!) Anne aos 19 anos, a deixar de se casar com Frederick Wentworth, por quem estava apaixonada, basicamente porque ele não tinha onde cair morto e amor não enche o prato.#prontofalei

Aí vocês me dirão: bah, mas essa Anne é uma influenciável e tal. Bom, primeiro que dona Anne tinha a auto-estima de um rodapé (felizmente isso vai melhorando ao decorrer do livro). Depois tem aquela família maravilhosa (sim, bazinga) a apoiando (-sqn). E casamento era uma das poucas alternativas de sustento de uma mulher naquela época (sim, triste, também acho). Somado a isso, a mãe de Anne havia falecido, ficando a Lady Russell com a responsabilidade de protege-la e orienta-la. E aí a m**** estava feita.

Agora Anne está com 27 anos, uma velha solteirona para os padrões da época (e para aquela sua tia que sempre pergunta e os namoradinhos?). E Frederick está de volta. Capitão da Marinha, em busca de um casamento. Então, devido a amigos em comum (irmã, cunhado, irmãs do cunhado, papagaio,periquitos…) acontece aquele encontro constrangido com o ex e a convivência forçada subsequente.  E a história começa a se desenvolver com situações por vezes engraçadas e diálogos muito bons. Anne e sua postura blasé nos cativam, perante aos diversos eventos inusitados e mal entendidos.

Recomendo “Persuasão” para quem quer ler um romance que saia do lugar comum, daquele início dos pombinhos apaixonados e tal.

Boa leitura e até amanhã!

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Meta de Leitura – Razão e Sentimento

Olá pessoas, quase um mês se passou desde apareci por aqui. Estou correndo atrás do prejuízo para cumprir a meta literária desse ano, hehe. Ficaram para trás os desafios de março, abril, e maio.

Infelizmente estou numa situação que me favorece botar a leitura em dia: nossa avó está hospitalizada e a melhor forma de passar o tempo durante a vigília é na companhia dos livros.

Essa semana consegui concluir o desafio de março: leia um livro escrito por uma mulher.

Para cumprir esse desafio tinha inicialmente escolhido reler “As Brumas de Avalon”, de Marion Zimmer Bradley. Não sei se foi efeito do tempo, mas não vi a obra com os mesmos olhos e descontinuei a leitura. Acontece.

Depois comecei a ler “Entrevista com o Vampiro”, da Anne Rice, e simplesmente me apaixonei (paixão antiga, da época do filme). Mas vim para Porto Alegre receber a mudança e o livro ficou em Ribeirão Preto. Ainda falarei sobre Lestat e Louis por aqui.

Foi então que “Razão e Sentimento” veio parar em minhas mãos. “Orgulho e Preconceito” é um dos meus livros preferidos, o que fez com que tivesse vontade de conhecer as demais obras de Jane Austen.

Segue abaixo a sinopse do Skoob:

2016-06-11 11.07.35“Após a repentina morte do marido, a sra. Dashwood se vê sozinha com três jovens filhas, Elinor, Marianne e Margaret. Como se a tristeza já não fosse o bastante, elas precisam encontrar um lugar para morar, pois a propriedade da família fora herdada pelo meio-irmão delas. Em meio a este turbilhão, Elinor e Marianne, as irmãs mais velhas, estão às voltas com aquilo que poderia lhes assegurar um futuro melhor: um bom casamento. Elinor, sensatamente, estima e gosta de um homem que só cresce aos seus olhos quando descobre por que ele não pode se casar com ela. Já Marianne, seguindo seu coração, se apaixona perdidamente por um homem de caráter duvidoso.”

Quando li a sinopse pensei “Bah, esse troço vai ficar só concentrado na história de  desencalhar essas gurias” e desanimei um pouco. Mas a história vai bem além disso.

A abordagem das personalidades sonhadoras de Marianne e sua mãe, contrastando com a sensatez de Elinor é ótima. Aliás, a dinâmica entre Marianne e Elinor me lembrou muito outras duas personagens irmãs.

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Marianne e Elinor num universo paralelo.

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